A mama tuberosa é resultado de uma malformação que vai resultar em seios assimétricos. Esse é um problema que ocorre por anomalia congênita.
Normalmente, uma mama se desenvolve de forma normal e a outra fica atrofiada. Porém, as mamas tuberosas podem ocorrer também bilateralmente.
Quando é unilateral, a mama que fica menor se localiza numa posição mais alta no tórax, além de ter um formato diferente, com uma base estreita e que resulta em uma forma mais pontiaguda, semelhante a um tubo, por isso, o nome é tuberosa ou tubular. Quando ocorrem bilateralmente têm o mesmo formato e também ficam acima do sulco mamário.
Embriologicamente, a mama inicia seu desenvolvimento na quinta semana de vida intrauterina, a partir do ectoderma. Entre 10 semanas e 14 semanas, os brotos mamários da região torácica são envolvidos por uma lâmina de tecido mesodérmico, denominada fáscia superficial. O crescimento tanto glandular como areolopapilar é completo na puberdade e a fáscia superficial é a principal estrutura responsável pela conformação cônica das mamas.
Alguns estudos dizem que a sua origem é genética, ou seja, pode estar conectada a alguma herança familiar. Mas pode ocorrer também de forma esporádica, sem histórico hereditário.
Para identificar a mama tuberosa, é preciso observar algumas alterações. A assimetria mamária, ou seja, a diferença entre as mamas – tamanho, peso, formato, posição da aréola, etc. – é uma delas e pode causar sérios desconfortos nas mulheres afetando inclusive a sua saúde psicológica. Outras alterações são: Ausência ou diminuição da parte inferior das mamas, causando um formato tubular; Mama de tamanho menor do que o normal; Seios mal posicionados, em geral lateralizados e com flacidez; Alargamento e aumento de volume da aréola.
O procedimento cirúrgico de correção é aconselhável para mulheres que tenham graus variáveis de mama tuberosa, causando baixa autoestima e constrangimentos.
A cirurgia para correção da mama tuberosa consiste na realização de uma remodelação glandular. Pode ser feita sob anestesia geral ou local com sedação.
O tratamento vai depender do formato da mama, assim como do seu volume. Por conta da falta de desenvolvimento da glândula, geralmente é necessário colocar uma prótese de silicone para preencher e dar volume, bem como melhorar o formato das mamas.
Outro tipo de tratamento para corrigir o problema é a Mastopexia. Esta cirurgia consiste em reverter o caimento e flacidez dos seios, reposicionando a aréola e melhorando a simetria das mamas.
Pretendemos com esse artigo lhe apresentar um entendimento sobre os direitos das consumidoras que estão tendo seus pedidos de autorização do procedimento cirúrgico de correção, negados pelos planos de saúde, mesmo com indicação médica de que não se trata de procedimento com finalidade estética. O que faremos utilizando como exemplo a história de Luísa, conveniada do plano de Saúde “Mais Vida”. Veja o que aconteceu com ela (história e personagens fictícios).
Luísa é beneficiária de plano de saúde coletivo fornecido pela Operadora de Plano de Saúde “Mais Vida” desde 2015. Em 2021, Luísa finalmente recebeu diagnóstico de que a assimetria de suas mamas, trata-se de uma má formação congênita denominada mamas tuberosas, de modo que, lhe foi indicada a realização de procedimento de correção cirúrgica de deformidade congênita da parede torácica com colocação de prótese, com urgência.
Ocorre que, por diversas vezes Luísa solicitou a autorização para realização do referido procedimento junto ao plano de saúde, o que lhe foi negado sob a justificativa de divergência do entendimento de sua junta médica.
Inconformada, Luísa procura um advogado especializado em Direito da Saúde, a fim de verificar a veracidade da informação e descobre que a negativa emitida pelo plano de saúde é abusiva.”
Importante destacar que, no caso de Luísa, a indicação de realização de procedimento de correção cirúrgica de deformidade congênita da parede torácica com colocação de prótese, não tem caráter estético, mas sim o objetivo de reestabelecer a saúde física e psíquica da paciente.
Caso você, algum familiar ou conhecido tenha recebido negativa abusiva ao solicitar para o plano de saúde autorização para realização de procedimento cirúrgico para tratamento de mamas tuberosas, assim como Luísa, busque ajuda de um advogado especialista em direito da saúde e agende uma consulta para avaliar se há viabilidade de ingressar com ação judicial para conseguir a autorização para realizar o procedimento cirúrgico.
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